
domingo, 25 de outubro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
despertar.

Se está a viver na infelicidade, é porque tem vindo a criar essa situação. E mais ninguem a pode afastar de si, a menos que decida deixar de a criar. O seu inferno é trabalho seu. E tudo o que você é , é criação sua. Num único momento, poderá despertar."
osho_
ouvindo pet shop boys
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
summertime.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
medos.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
suicídio.
Se te queres matar, por que não te queres matar? Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, Se ousasse matar-me, também me mataria... Ah, se ousares, ousa! De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas A que chamamos o mundo? A cinematografia das horas representadas Por atores de convenções e poses determinadas, O circo policromo do nosso dinamismo sem fím? De que te serve o teu mundo interior que desconheces? Talvez, matando-te, o conheças finalmente... Talvez, acabando, comeces... E, de qualquer forma, se te cansa seres, Ah, cansa-te nobremente, E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, Não saúdes como eu a morte em literatura! Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente! Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... Sem ti correrá tudo sem ti. Talvez seja pior para outros existires que matares-te... Talvez peses mais durando, que deixando de durar... A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado De que te chorem? Descansa: pouco te chorarão... O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, Quando não são de coisas nossas, Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros... Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda Do mistério e da falta da tua vida falada... Depois o horror do caixão visível e material, E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali. Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas, Lamentando a pena de teres morrido, E tu mera causa ocasional daquela carpidação, Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas... Muito mais morto aqui que calculas, Mesmo que estejas muito mais vivo além... Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova, E depois o princípio da morte da tua memória. Há primeiro em todos um alívio Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido... Depois a conversa aligeira-se quotidianamente, E a vida de todos os dias retoma o seu dia... Depois, lentamente esqueceste. Só és lembrado em duas datas, aniversariamente: Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste. Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada. Duas vezes no ano pensam em ti. Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram, E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti. Encara-te a frio, e encara a frio o que somos... Se queres matar-te, mata-te... Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ... Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida? Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera As seivas, e a circulação do sangue, e o amor? Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida? Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem. Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma? És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo, E o próprio universo e os outros Satélites da tua subjetividade objetiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti. E se és assim, ó mito, não serão os outros assim? Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido? Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces, Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial? Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente, Torna-te parte carnal da terra e das coisas! Dispersa-te, sistema físico-químico De células noturnamente conscientes Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos, Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, Pela relva e a erva da proliferação dos seres, Pela névoa atômica das coisas, Pelas paredes turbihonantes Do vácuo dinâmico do mundo...
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
domingo, 2 de agosto de 2009
solidão.

QUalquer esforço dirigido no sentido de evitar a solidão falhou e continuará a falhar, porque é contra os fundamentos da vida. O que necessita não é de algo que lhe permita esquecer a sua solidão. O que é necessário é que você se torne consciente da sua solidão, de que ela é uma realidade. E é tão bela de experimentar, de sentir porque é a sua forma de se libertar da multidão, do outro. É a sua libertação do medo de estar só.
in Amor, Liberdade e Solidão uma nova visão dos relacionamentos from OSHO
in Amor, Liberdade e Solidão uma nova visão dos relacionamentos from OSHO
sexta-feira, 31 de julho de 2009
visão.

"A verdadeira Visão,aquela que engloba cada partícula do maravilhoso e complexo caleidoscópio que é a vida, nasce da Confiança e da simplicidade de sermos nós mesmos, de agirmos, pensarmos e sentirmos com a fonte cristalina do Coração, o núcleo do teu ser imortal.
E o grande mistério é que não há mistério.E o grande segredo é que não há segredos.
Permite-te Ver, Sentir e Ser.
Por já estar presente, a Revelação chegará, instantânea.
Abre-te à VisãoE deixa-te transportar nas Asas da Realidade."
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
lugares.
A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.
domingo, 2 de setembro de 2007
musica.
Um sonho de música....A dança...Que forma tão bela de demonstrarmos o que sentimos!Liberdade...O coração sente,O cérebro comanda,ordinário,E o corpo,vítima de tão bem-estar,Acompanha o ritmo estonteante,tão fantástico!É tão bom!E aquilo que sentimos enquanto ouvimos,Voando com uns olhos de lua E um sorriso hipnotizante,A dita música de que falo,De uma noite assim tão fascinante?Ficam suspensos os pensamentos,E flutuam os nossos desejos...Risos,Beijos,Sorrisos,Dançando naquela sala decorada de utopia!
...Hugo Maioto
http://br.youtube.com/watch?v=X2sWWj9RjeQ pendulum-hold your colour
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Viver de modo consciente significa estar totalmente presente em cada pequeno gesto do quotidiano Ter consciência dos próprios sentimentos e daquilo que o motiva, é um passo essencial para conhecer a si mesmo e libertar-se do estado de adormecimento em que se encontra a maior parte dos seres humanos.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
flurescente.

Sento-me na lua pra poder ver minha imagem refletida na rua da sua vida
E flores chovem sobre meu corpo fazendo alegria
E sentada aqui em cima, vejo o infinito iluminado por minúsculas estrelas
De extrema luz e beleza
Lua
Luna
Pura
Alvura
Me cativa sempre sua majestosa figura
E me sinto em casa e como se pudesse voar, crio asas
Fantasio que sou borboleta
Ninfa, fada, rainha amada
E na luz que reflete na estrada
Percebo meus cabelos confundindo-se com a luz desse luar
E deixo minha alma vagar
Flutuar
Eternizando este momento
Com doçura e sentimento
Ouço a canção do vento
Que carrega tudo o que encontra
Suavemente
E sonho...Como se fosse fada realmente!
E flores chovem sobre meu corpo fazendo alegria
E sentada aqui em cima, vejo o infinito iluminado por minúsculas estrelas
De extrema luz e beleza
Lua
Luna
Pura
Alvura
Me cativa sempre sua majestosa figura
E me sinto em casa e como se pudesse voar, crio asas
Fantasio que sou borboleta
Ninfa, fada, rainha amada
E na luz que reflete na estrada
Percebo meus cabelos confundindo-se com a luz desse luar
E deixo minha alma vagar
Flutuar
Eternizando este momento
Com doçura e sentimento
Ouço a canção do vento
Que carrega tudo o que encontra
Suavemente
E sonho...Como se fosse fada realmente!
Edna Berta
♥segunda-feira, 27 de agosto de 2007
calor.
" Olhei para a nossa conversa, gasta pelo tempo e pelo tacto.. Recordei memórias proibidas, palavras sem eco; como se num papel pudéssemos eternizar o instante, congelar a realidade, na esperança de um futuro escolhido. Não sei se foi a saudade que se infiltrou no Meu sossego ou apenas a nostalgia de um dia de Outono..., irrelevante face ao desejo da lembrança, tentei afugentar a sombra teimosa do passado, a imagem dos sorrisos que perdi; E naquela dança de movimentos em que os sentidos se envolveram apenas consegui abraçar-te.Está frio... O frio teimava em expulsar-me mas a vontade de me perder por estas linhas, obriga-me a permanecer! Bati as mãos frias e despertei para a realidade, naquele cenário solitário e sem abrigo, onde uma vez mais te aprisionei na ilusão de um sonho; e naquele recanto isolado da vida, perdido na mente, sem testemunhas dos nossos delitos, liguei-te..Mas do outro lado apenas uma voz fria e impessoal.. ligou para a caixa correio de..! Virei as costas e atirei ao vento aquele objecto de amor portátil.. Continuei.. Olhei a folha em branco, queria escrever mas as palavras apenas repetiam o teu nome, escrevi-o, risquei-o, vezes sem conta, como se pudesse esvaziar o coração da tua presença...Escrever, como se dessa forma pudesse realizar o desejo, redimir-te dos carinhos que esqueci na pressa de te amar... Rasgar, a última opção, sem limite, sem medida, apenas rasgar, até que o cansaço me devolvesse a lucidez, me libertasse da impotência de querer dizer algo e não conseguir.. "
terça-feira, 14 de agosto de 2007
virtude.
A fidelidade (...) é a mais integral de todas as virtudes humanas. O homem participa numa batalha e, sem a fidelidade, não conhece a sua luta; apenas usa da violência, interpreta uma vontade, é instrumento de uma opinião. A fidelidade move-o desde a sua origem, é a primeira condição da consciência. Não se efectuam coisas novas sem fidelidade. Não se engrandece a piedade ou se priva com o mais simples sentimento, sem a fidelidade. Uma acção progressiva tem que ter raízes tumulares, raízes naquilo que encerrámos definitivamente - uma era, um conhecimento, uma arte, uma maneira de viver. A fidelidade, disse eu, assegura-nos o tempo de criar e o tempo de destruir o que se tornou inconforme à imagem do homem. Nada é digno de valor, sem fidelidade.
Agustina Bessa-Luís, in 'Alegria do Mundo'
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
nao ser.
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!
Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!
...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros- Sem nos dar braços para os alcançar?!...
florbela espanca
sábado, 28 de julho de 2007
liberdade sofrida.
Em tempos pensei que tinha sido ferido como homem algum jamais o fora. Por sentir isso, jurei escrever este livro. Mas muito antes de começar a escrevê-lo a ferida cicatrizou. Como jurara cumprir a minha tarefa, reabri a horrível ferida. Deixem-me explicar por outras palavras. Talvez ao abrir a ferida, a minha própria ferida, tenha fechado outras feridas, feridas de outras pessoas. Morre qualquer coisa, floresce qualquer coisa. Sofrer na ignorância é horrível. Sofrer deliberadamente, para compreender a natureza do sofrimento e aboli-lo para sempre, é muito diferente. O Buda, como sabemos, teve toda a vida um pensamento fixo no espírito: eliminar o sofrimento humano. Sofrer é desnecessário. Mas temos de sofrer para compreender que é assim.
Além disso, é só então que o verdadeiro significado do sofrimento humano se torna claro. No derradeiro momento desesperado - quando não podemos sofrer mais! - acontece qualquer coisa que tem a natureza de um milagre. A grande ferida aberta pela qual se escoava o sangue da vida fecha-se, o organismo desabrocha como uma rosa. Somos «livres», finalmente (...). Não são as lágrimas que mantêm viva a árvore da vida, mas sim o conhecimento de que a liberdade é real e eterna.
Além disso, é só então que o verdadeiro significado do sofrimento humano se torna claro. No derradeiro momento desesperado - quando não podemos sofrer mais! - acontece qualquer coisa que tem a natureza de um milagre. A grande ferida aberta pela qual se escoava o sangue da vida fecha-se, o organismo desabrocha como uma rosa. Somos «livres», finalmente (...). Não são as lágrimas que mantêm viva a árvore da vida, mas sim o conhecimento de que a liberdade é real e eterna.
Henry Miller, in 'Plexus'
quinta-feira, 26 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
metas.
Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar.
Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"
segunda-feira, 23 de julho de 2007
(in)finito
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,Este cansaço,Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,Cansaço...
Álvaro de Campos
sábado, 21 de julho de 2007
vence a tua inercia.
O destino que nos oprime é a inércia do nosso espírito. Através do alargamento e formação da nossa actividade transmutamo-nos, nós próprios, em Destino.Tudo parece fluir para nós vindo do exterior, porque nós não fluímos para o exterior. Somos negativos, apenas, porque o queremos - quanto mais positivos nos tornarmos, mais negativo será o mundo à nossa volta - até que, por fim, já não haverá negação e nós seremos tudo em tudo.Deus quer deuses.Se o nosso corpo, em si mesmo, não é senão um centro de acção comum dos nossos sentidos - se nós possuímos o domínio dos nossos sentidos - se os podemos fazer agir à vontade - se os podemos centrar em comunidade, então não depende senão de nós o darmos a nós próprios o corpo que queremos.Sim, se os nossos sentidos não são senão modificações do órgão pensante - do elemento absoluto - então poderemos, também, pela dominação deste elemento, modificar e dirigir, como nos agradar, os nossos sentidos.
Friedrich von Novalis, in "Fragmentos"
sexta-feira, 20 de julho de 2007
quarta-feira, 18 de julho de 2007
admiração.
Estava eu sentado, perto do mar, a ouvir com pouca atenção um amigo meu que falava arrebatadamente de um assunto qualquer, que me era apenas fastidioso. Sem ter consciência disso, pus-me a olhar para uma pequena quantidade de areia que entretanto apanhara com a mão; de súbito vi a beleza requintada de cada um daqueles pequenos grãos; apercebia-me de que cada pequena partícula, em vez de ser desinteressante, era feito de acordo com um padrão geométrico perfeito, com ângulos bem definidos, cada um deles dardejando uma luz intensa; cada um daqueles pequenos cristais tinha o brilho de um arco-íris... Os raios atravessavam-se uns aos outros, constituindo pequenos padrões, duma beleza tal que me deixava sem respiração... Foi então que, subitamente, a minha consciência como que se iluminou por dentro e percebi, duma forma viva, que todo o universo é feito de partículas de material, partículas que por mais desinteressantes ou desprovidas de vida que possam parecer, nunca deixam de estar carregadas daquela beleza intensa e vital. Durante um segundo ou dois, o mundo pareceu-me uma chama de glória. E uma vez extinta essa chama, ficou-me qualquer coisa que junca mais esqueci que me faz pensar constantemente na beleza que encerra cada um dos mais ínfimos fragmentos de matéria à nossa volta.
Aldous Huxley
terça-feira, 17 de julho de 2007
negro.
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinicius de moraes
domingo, 15 de julho de 2007
sexta-feira, 13 de julho de 2007
terça-feira, 10 de julho de 2007
citzen erased.
break me in, teach us to cheat
and to lie and cover up
what shouldn't be shared
and the truth's unwinding
scraping away at my mind
please stop asking me to describe
for one moment
i wish you'd hold your stage
with no feelings at all
open minded
i'm sure i used to be so free
self-expressed, exhausting for all
to see and to be
what you want and what you need
the truth's unwinding
scraping away at my mind
please stop asking me to describe
for one moment
i wish you'd hold your stage
with no feelings at all
open minded
i'm sure i used to be so free
for one moment
i wish you'd hold your stage
with no feelings at all
open minded
i'm sure i used to be so free
wash me away
clean your body of me
erase all the memories
they'll only bring us pain
and i've seen, all i'll ever need
muse.
sábado, 30 de junho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
quarta-feira, 13 de junho de 2007
plano.
O quadro está vazio. Começo a enchê-lo com as palavras
que sobram do próprio vazio. São palavras brancas sobre
o negro do quadro. Digo-as, e quando as digo apago-as,
para que outras apareçam sobre o vazio que elas deixam.
A lógica do quadro é esta: fazer com que o apagador tenha
uma função, para que o giz se gaste. Vi o giz suceder ao giz,
à medida que as palavras sucediam às palavras, enquanto
um pó de sílabas se acumulava no chão dos dicionários.
Varri-o com a vassoura da tarde. Vi as sílabas voarem
numa alucinação de insectos. Matei-as, uma a uma, de
encontro ao vidro da janela; e à medida que caíam, voltavam
a juntar-se, em novas palavras, que eu metia no quadro
vazio até o negro do quadro ficar branco de palavras.
Nuno Júdice
sábado, 9 de junho de 2007
terça-feira, 5 de junho de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
suspiro.
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
domingo, 20 de maio de 2007
sexta-feira, 18 de maio de 2007
movimentos.
Não me peças palavras, nem baladas, Nem expressões, nem alma(...)
(...)Deixa cair as pálpebras pesadas(...)
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, (...)!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada... Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
(...)Deixa cair as pálpebras pesadas(...)
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, (...)!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada... Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
josé Régio
(dos meus preferidos)*
terça-feira, 15 de maio de 2007
segunda-feira, 14 de maio de 2007
rio.
Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insectos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem dera se eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na corrente, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
NA MARGEM DO RIO PIEDRA
paulo coelho
domingo, 13 de maio de 2007
sentidos.

Um dos mais poderosos exercícios de crescimento interior consiste em prestar atenção às coisas que fazemos automaticamente - como respirar, piscar os olhos ou reparar nas coisas à nossa volta.Quando fazemos isto, permitimos que nosso cérebro trabalhe com mais liberdade - sem a interferência de nossos desejos. Certos problemas que pareciam insolúveis terminam sendo resolvidos; certas obras que julgávamos insuperáveis terminaram se dissipando sem esforço.Diz o mestre: “quando você precisar enfrentar uma situação difícil, procure usar esta técnica. Exige um pouquinho de disciplina, mas os resultados são surpreendentes”.
paulho coelho
hoje vou escutar apenas o meu coraçao, ouvilo e sentir-te a ti meu amor*parabens a nos
sexta-feira, 11 de maio de 2007
sexta-feira, 4 de maio de 2007
terça-feira, 1 de maio de 2007
palavras.
São como um cristal,as palavras.
Algumas, um punhal,um incêndio.
Outras,orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:barcos ou beijos,as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,leves.
Tecidas são de luz e são a noite.
E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,cruéis, desfeitas,nas suas conchas puras?
segunda-feira, 30 de abril de 2007
dança.
Entre os teus lábios é que a loucura acode,desce à garganta,invade a água.
No teu peito é que o pólen do fogos e junta à nascente,alastra na sombra.
Nos teus flancos é que a fonte começa a ser rio de abelhas,rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos é que a areia queima,o sol é secreto,cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios toda a música é minha
domingo, 29 de abril de 2007
sábado, 21 de abril de 2007
segunda-feira, 16 de abril de 2007
terça-feira, 10 de abril de 2007
segunda-feira, 9 de abril de 2007
volúpia.

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...
--- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...
Florbela Espanca
domingo, 1 de abril de 2007
quarta-feira, 28 de março de 2007
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