segunda-feira, 27 de agosto de 2007

calor.


" Olhei para a nossa conversa, gasta pelo tempo e pelo tacto.. Recordei memórias proibidas, palavras sem eco; como se num papel pudéssemos eternizar o instante, congelar a realidade, na esperança de um futuro escolhido. Não sei se foi a saudade que se infiltrou no Meu sossego ou apenas a nostalgia de um dia de Outono..., irrelevante face ao desejo da lembrança, tentei afugentar a sombra teimosa do passado, a imagem dos sorrisos que perdi; E naquela dança de movimentos em que os sentidos se envolveram apenas consegui abraçar-te.Está frio... O frio teimava em expulsar-me mas a vontade de me perder por estas linhas, obriga-me a permanecer! Bati as mãos frias e despertei para a realidade, naquele cenário solitário e sem abrigo, onde uma vez mais te aprisionei na ilusão de um sonho; e naquele recanto isolado da vida, perdido na mente, sem testemunhas dos nossos delitos, liguei-te..Mas do outro lado apenas uma voz fria e impessoal.. ligou para a caixa correio de..! Virei as costas e atirei ao vento aquele objecto de amor portátil.. Continuei.. Olhei a folha em branco, queria escrever mas as palavras apenas repetiam o teu nome, escrevi-o, risquei-o, vezes sem conta, como se pudesse esvaziar o coração da tua presença...Escrever, como se dessa forma pudesse realizar o desejo, redimir-te dos carinhos que esqueci na pressa de te amar... Rasgar, a última opção, sem limite, sem medida, apenas rasgar, até que o cansaço me devolvesse a lucidez, me libertasse da impotência de querer dizer algo e não conseguir.. "

3 comentários:

MANDALAS POEMAS disse...

Hola, cordial saludo. Desde Barranquilla, Colombia, te envío un fuerte abrazo y mis felicitaciones por tu blog y en especial por su contenido. Te invito muy cordialmente a que visites el mio donde están consignados mis poemas. Estos poemas los puedes utilizar si lo estimas conveniente. Igualmente, si puedes, recomienda mi blog con tus amigos y contactos. Espero tu visita y tus valiosos comentarios.

www.mandalaspoemas.blogspot.com

Con afecto,

Víctor González Solano

Anónimo disse...

Fabuloso Blog.

Beno disse...

É irritante quando a tinta da caneta não agarra ao papel.


Gosto disto aqui.